O telefone toca. Uma, duas, três vezes. Ela estende a mão e pega o aparelho do criado mudo. parou de tocar. Foi só imaginação?
Ela alcança os óculos e espera os olhos se adaptarem. "Três mensagens não lidas" ela vê semicerrando os olhos.
"Bom dia, minha linda.", "Ei, já acordou, pequena?","Que coisa ruim essa cama sem você. Você ainda tá na cama?" ela lê e torce a boca num meio sorriso de quem acabou de acordar.
O telefone toca, duas vezes.
"Hm?" ela resmunga.
"Oi, meu amor... Te acordei?"
"Uhum."
"Desculpa, eu só tava pensando em você... Ei, sabe que horas são? 11:11, faz um pedido, minha linda."
"Hm, me deixa dormir."
"Você sabe que se você contar seu pedido, ele não se realiza? Bobona."
Ela fica em silêncio.
"Desculpa. Eu vou te deixar dormir, pequena. Tchau." ela ouve a culpa na voz dele.
"Eu amo você. Muito. Muito mesmo." ela fala com calma.
"Dorme bem. E sonha comigo."
Ela ouve o barulho do outro lado da linha que indica que ele desligou. E joga o telefone ao lado da cama.
(...)
Ela abre os olhos desacostumada com a luz e sente alguma coisa incomodar seu rosto.
"Dormi de óculos?" ela murmura e procura o celular.
"12:21." ela constata e de repente se lembra de alguns flashes. "Foi só imaginação?"
Fim do capítulo 111;
0 notas de rodapé:
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