25 novembro 2011
Capítulo 117
E o que eu não te contei foi que sonhei com a gente à noite. Não eu e você separados, não: era nós.
Nós estávamos dormindo juntos, dividindo a mesma cama. Eu ainda estava dormindo e você estava me observando dormir. Daí você me beijava com todo o carinho e cuidado do mundo — como se eu fosse uma flor cristalizada e pudesse me desfazer — e dizia “Bom dia, meu amor” enquanto eu esfregava meus olhos me librando da areia de Morfeu. “Bom.” eu respondia, com um sorriso bobo de quem sabe que é feliz. “Dormiu bem, pequena?” você passava a mão pela lateral do meu corpo — e mesmo por cima do lençol, eu sentia tua pele macia — “Uhum.” eu respondia ainda fitando como boba a razão desse bom humor todo. “Quer que eu faça teu café?” você perguntava trocando de calças. “Não precisa. Pode ir trabalhar.” eu dizia e fechava os olhos de novo. “Ei, não esquece que eu amo você.” eu me lembrava de gritar. “Eu te amo muito mais.” você gritava de volta da cozinha.
E eu finalmente fechava os olhos para voltar a dormir me sentindo feliz.
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