Você faz uma brincadeira idiota e eu dou risada. Te chamo de criança e você diz, se segurando para não rir, que você não é nada disso. Reclamo da música que você ouve, você me diz que tenho mau gosto; respondo que devo ter mesmo, pra gostar de você; aí tenho bom gosto, só não fui apresentada ao tipo certo de música. Te olho nos olhos, distraída, pensando no quanto você é meu; me perco no tom dos mesmos e sorrio sem querer; você me pergunta o que foi; balanço a cabeça, tentando tirar o pensamento de você, e digo que não é nada; quando, na verdade, você sabe que é tudo. Sorrio para você enquanto te digo que te acho um chato, um bobo, um ridículo; mas meu sorriso me entrega e você sabe que é tudo mentira. Você reclama, colocando as mãos nas minhas bochechas, do quanto você está com frio; reclamo para você tirar logo essas mãos geladas de mim, e te empurro para longe. Digo para você se cuidar e você diz que já é grande o bastante, não precisa de ninguém te dizendo o que fazer. Você me liga à noite dizendo que queria ser o último a me dizer boa noite; eu reclamo, perguntando se você sabe que horas são e dizendo que eu já estava dormindo; pelo jeito que sua voz sai, sei que você está sorrindo; você diz com uma voz sonolenta o quanto eu te amo; respondo que não é verdade, dizendo que não dá pra amar alguém chato como você; desligo dizendo para você se cuidar, que é meu jeito de dizer eu te amo, sem dizer.
E eu sorrrio enquanto fecho os olhos sabendo que eu amo cada segundo disso.
Fim do capítulo 102;
0 notas de rodapé:
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